domingo, 10 de maio de 2020

MANOEL GOMES DE MEDEIROS DANTAS



Há 152 anos em 26 de abril de 1867 nascia em Caicó/RN, Manoel Gomes de Medeiros Dantas, filho de Manoel Maria do Nascimento Silva e Maria Miquelina Francisca de Medeiros, foi uma das expressões intelectuais mais proeminentes do período da “belle époque” no Rio Grande do Norte, fase que coincide com a administração do macaibense Alberto Maranhão (1900-1904).

Manoel Dantas pensou para Natal um futuro risonho e belo. Suas projeções visionárias foram publicadas no seu livro: "Natal daqui a cinquenta anos".

“Natal deverá possuir uma estação monumental na Praça Augusto Severo, que será cortada pela Estrada de Ferro Transcontinental, com seus trens partindo de Londres, passando pelo canal da Mancha, percorrendo a Europa, o norte da Ásia, atravessando o estreito de Behering, cortando a América do Norte, galgando em cima dos Andes, descendo pelos campos de Mato Grosso e Goiás, seguindo o vale do São Francisco, pairando sobre a cachoeira de Paulo Afonso e terminando essa estrada em Natal. O ponto de atração dessa gente cosmopolita seriam os morros e as dunas alvas”.

Intelectual proeminente, Manoel Dantas produziu diversos trabalhos sobre o Rio Grande do Norte:
- Denominação dos municípios (1922);
- Thomaz de Araújo (1924) e;
- Homens de Outrora.

Jornalista renomado, tendo atuado desde o império com o jornal "O Povo" em 1889 e depois com "A República", de 1897 a 1924; o "Diário de Natal" em 1893 e, "O Estado" em 1895.

Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife no ano de 1890. Manoel Dantas foi promotor público de Jardim do Seridó e Acari, nomeado em seguida juiz substituto seccional do RN. Instaurou a Justiça Federal no RN.


Em 1897, foi nomeado diretor geral da instrução pública, cargo no qual permaneceu até 1905.
Professor de Geografia do Atheneu e procurador geral do Estado. No segundo governo de Alberto Maranhão, Manoel Dantas volta a dirigir a Instrução Pública até o seu falecimento em 15 de junho de 1925.

Manoel Dantas foi político militante, tendo sido eleito intendente de Natal e deputado estadual constituinte em 1915.

Manoel dantas possuía uma máquina fotográfica com a qual eternizou a Natal de seu tempo. São películas valiosíssimas que revelam a Natal bucólica de antigamente.

Faleceu em Natal a 15 de junho de 1924.

Pesquisa:
Genilson De Souza.

MANOEL GOMES DE MEDEIROS DANTAS


Manoel Gomes de Medeiros Dantas era assim. Para ser considerado normal deveria estar vivendo sua juventude agora e não no final do século XIX. Nascido a 26 de abril de 1867, em Caicó, interior do Rio Grande do Norte, Manoel - ou Manuel como você poderá achar em alguns textos - foi advogado, juiz, educador, jornalista, político e precursor dos estudos de folclore em seu estado. No volume I de Patronos e Acadêmicos (referente à Academia Norte-Riograndense de Letras), Veríssimo de Melo diz que Manoel, “na juventude, foi um revoluciário. Abolicionista e propagandista da República. Defendeu com ardor suas idéias na tribuna popular, fazendo conferências e divulgando seu pensamento na imprensa”.

Algumas vezes utilizando-se das descrições de Juvenal Lamartine, “que o conheceu de perto e muito o admirava”, Veríssimo enfatiza o bom humor e a força de vontade fora do comum do caiocense. “Ainda estudante, não podendo comprar O Direito das Cousas, de Lafaiete, resolveu o problema copiando à mão, os dois volumes da grande obra”.

As breves descrições de Manoel Dantas como jornalista, jurista, educador e estudioso das tradições populares encontrados no livro de Veríssimo de Melo merecem ser lidas na íntegra: “Como jornalista, - declara Lamartine, - ‘foi a mais completa organização jornalística que o Rio Grande do Norte já possuiu’. Dirigindo A República, tudo fazia, desde o editorial ao noticiário estrangeiro, muitas vezes inventando ‘greves de padeiro em Madri’, para suprir necessidades da paginação, nas oficinas. Deixou nesse aspecto, delicioso anedotário.

“Depois de formado, no Recife, em 1891, foi promotor e logo juiz substituto seccional. Cedo, porém, procurou outros rumos, que mais se coadunavam com a sua personalidade. Exerce a advocacia com desembaraço, pois possuía cultura jurídica, gostava da tarefa e tinha a vocação de servir. Por isso, muitas vezes foi explorado pelos seus correligionários, que não lhe retribuíam os serviços profissionais.

“Foi educador avançado para a época em que viveu. Durante vários anos, dirigiu a Instrução Pública no estado, introduzindo o ensino profissional agrícola. Foi o primeiro mestre a dar lições de lavoura mecânica, acrescentando as vantagens da adubação das terras, seleção de sementes, rotação e mecanização dos trabalhos do campo.

“Pioneiro dos estudos das tradições populares no Rio Grande do Norte, foi o primeiro a recolher e valorizar, na imprensa, os contos, crenças, lendas, superstições, velhos costumes. Era conversador extraordinário de graça e repentes, contando coisas na voz do povo, imitando expressões, atitudes, gestos dos outros”.

Fato marcante na vida de Manoel Dantas foi sua conferência no Salão de Honra no Palácio do Governo, a 21 de março de 1909. Cobrando ingresso dos espectadores, falou sobre Natal daqui a cinquenta anos. Muitas das então extraordinárias previsões se realizaram.

Publicou trabalhos jurídicos, Lições de Geografia, um estudo sobre a origem dos nomes dos municípios do Rio Grande do Norte e vários ensaios, reunidos depois de sua morte sob o título Homens de Outrora.Faleceu em Natal em junho de 1924.

FONTE:
HTTP://WWW.NETSABER.COM.BR

MANOEL GOMES DE MEDEIROS DANTAS



Ah, que maravilha seria se dessem valor às palavras dos visionários! As facilidades da chamada vida moderna - que envelhece a cada instante - chegariam mais rápido e muitos problemas poderiam ser evitados. Melhor que um visionário, só mesmo um visionário bem humorado, desses futuristas, no sentido mais casto da palavra. Nada de previsões catastróficas e profecias assustadoras, mas soluções para as dificuldades existentes e as que ainda estão por vir.
     Manoel Gomes de Medeiros Dantas era assim. Para ser considerado normal deveria estar vivendo sua juventude agora e não no final do século XIX. Nascido a 26 de abril de 1867, em Caicó, interior do Rio Grande do Norte, Manoel - ou Manuel como você poderá achar em alguns textos - foi advogado, juiz, educador, jornalista, político e precursor dos estudos de folclore em seu estado.
     No volume I de Patronos e Acadêmicos (referente à Academia Norte-Riograndense de Letras), Veríssimo de Melo diz que Manoel, “na juventude, foi um revoluciário. Abolicionista e propagandista da República. Defendeu com ardor suas idéias na tribuna popular, fazendo conferências e divulgando seu pensamento na imprensa”.
     Algumas vezes utilizando-se das descrições de Juvenal Lamartine, “que o conheceu de perto e muito o admirava”, Veríssimo enfatiza o bom humor e a força de vontade fora do comum do caiocense. “Ainda estudante, não podendo comprar O Direito das Cousas, de Lafaiete, resolveu o problema copiando à mão, os dois volumes da grande obra”.
     As breves descrições de Manoel Dantas como jornalista, jurista, educador e estudioso das tradições populares encontrados no livro de Veríssimo de Melo merecem ser lidas na íntegra: “Como jornalista, - declara Lamartine, - ‘foi a mais completa organização jornalística que o Rio Grande do Norte já possuiu’. Dirigindo A República, tudo fazia, desde o editorial ao noticiário estrangeiro, muitas vezes inventando ‘greves de padeiro em Madri’, para suprir necessidades da paginação, nas oficinas. Deixou nesse aspecto, delicioso anedotário.
     “Depois de formado, no Recife, em 1891, foi promotor e logo juiz substituto seccional. Cedo, porém, procurou outros rumos, que mais se coadunavam com a sua personalidade. Exerce a advocacia com desembaraço, pois possuía cultura jurídica, gostava da tarefa e tinha a vocação de servir. Por isso, muitas vezes foi explorado pelos seus correligionários, que não lhe retribuíam os serviços profissionais.
     “Foi educador avançado para a época em que viveu. Durante vários anos, dirigiu a Instrução Pública no estado, introduzindo o ensino profissional agrícola. Foi o primeiro mestre a dar lições de lavoura mecânica, acrescentando as vantagens da adubação das terras, seleção de sementes, rotação e mecanização dos trabalhos do campo.
     “Pioneiro dos estudos das tradições populares no Rio Grande do Norte, foi o primeiro a recolher e valorizar, na imprensa, os contos, crenças, lendas, superstições, velhos costumes. Era conversador extraordinário de graça e repentes, contando coisas na voz do povo, imitando expressões, atitudes, gestos dos outros”.
     Fato marcante na vida de Manoel Dantas foi sua conferência no Salão de Honra no Palácio do Governo, a 21 de março de 1909. Cobrando ingresso dos espectadores, falou sobre Natal daqui a cinquenta anos. Muitas das então extraordinárias previsões se realizaram.
     Publicou trabalhos jurídicos, Lições de Geografia, um estudo sobre a origem dos nomes dos municípios do Rio Grande do Norte e vários ensaios, reunidos depois de sua morte sob o título Homens de Outrora.
     Faleceu em Natal, a 15 de junho de 1924.
FONTE MEMORIA VIVA

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